terça-feira, 3 de junho de 2008

Engenharia da computação vai do microondas ao notebook

Equipamentos eletrônicos integrados a softwares são o foco da profissão.
Confira as diferenças entre engenheiro e cientista da computação.


A injeção eletrônica, o computador de bordo, os celulares, a TV digital e até o forno de microondas, que vem com praticamente um computador embutido, têm aquele toque de engenheiros da computação. O profissional que trabalha com a integração de softwares (programas) com equipamentos é tema do Guia de Carreiras do G1, desta terça-feira (3).


Fonte: g1.com.br



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“O engenheiro da computação está entre a engenharia elétrica e a ciência da computação. Toda a eletrônica do celular, o engenheiro eletricista sabe fazer. O software o cientista da computação sabe fazer. Mas os dois não se conversam”, exemplifica o coordenador do curso da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Renato Ribas.

Todo produto que tenha componentes eletrônicos integrados a um software é objeto de trabalho do engenheiro de computação. E qual televisão hoje é somente eletrônica? Talvez só aquela antiga da casa da vovó ou da tia distante. Praticamente todo aparelho eletrônico tem uma programação. Nos carros, por exemplo, a injeção eletrônica e o computador de bordo dão emprego a engenheiros da computação.

Assim, de acordo com o coordenador do curso da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Akebo Yamakami, a formação abre espaço de trabalho em diversos ramos, nas áreas de tecnologia da informação, desenvolvimento de produtos, aplicações e serviços de indústrias e empresas, em centros de pesquisa, em universidades e no setor estatal.

Ciência ou engenharia da computação

Uma dúvida que pode pintar na hora de marcar o “x” na ficha de inscrição dos vestibulares é a escolha entre ciência ou engenharia da computação. Mas, apesar de terem parte do nome em comum, as formações não são tão parecidas assim.

Engenharia da computação é um curso mais próximo da engenharia elétrica do que da computação. Há ênfase nas matérias da eletrônica, da física e da matemática e um bom conhecimento da parte de programação. Já o futuro cientista da computação vê com grande profundidade a parte de criação e desenvolvimento de softwares, além de modelos matemáticos que orientam a programação.

Outra diferença está no tempo de duração de cada bacharelado: a ciência da computação costuma durar quatro anos (isso pode variar de instituição para instituição, por isso é importante se informar na faculdade de seu interesse); já a engenharia, tem previsão de conclusão em cinco anos.

De acordo com dados de 2006 do Ministério da Educação (MEC), existem 57 cursos de engenharia da computação ligados à área de engenharia e outros 20 ligados aos institutos de computação.

O que se aprende

De acordo com Ribas, da UFRGS, o curso segue, nos primeiros anos, o padrão de todas as engenharias: muita física e matemática. Isso vem acompanhado da base da computação, com linguagens de programação, conhecimentos de estrutura de dados e de algoritmos.

Com o passar dos anos, ocorre um aprofundamento nas disciplinas de eletrônica e de computação. Conforme a instituição, pode ser necessário fazer trabalho de conclusão de curso e estágio. Isso varia caso a caso.

Fonte: g1.com.br

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